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sexta-feira, 22 de maio de 2015

Pesquisa da UEMS analisa qualidade da água em córregos de Naviraí (MS)

Acadêmicas realizam estudo em rios de Naviraí

 
 
Diante da crise de abastecimento de água que atingiu o país, uma das palavras de ordem é utilizar bem a água potável que se dispõe. Assim, pesquisadores da UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul) estão estudando as consequências da atividade humana em córregos do município de Naviraí.
O trabalho executado pelas acadêmicas Ana Paula Lemke, do programa de doutorado em Recursos Naturais, e Kellen Natalice Vilharva, do 5º semestre do bacharelado em Ciências Biológicas, na unidade de Dourados da UEMS, sob orientação do professor Yzel Rondon Súarez, analisa os nutrientes da água e as alterações que ela pode ter sofrido devido a interferência humana. O projeto teve início em outubro de 2014 e será finalizado em setembro deste ano.
Até o momento as pesquisadoras compararam os dados obtidos com a Resolução Conama nº357 de 2005 para verificar se os parâmetros obtidos estão em conformidade com o que a legislação sugere como ideal para análise da bacia do rio Amambai, da qual as microbacias são afluentes.
“Constatamos que as variáveis que mais estão fora dos valores que a Resolução sugere são: coliformes fecais, nitrogênio, oxigênio dissolvido e fósforo. A alteração desses valores ocorre, principalmente, nos pontos mais próximos à cidade de Naviraí, que são os pontos do córrego Touro, e os pontos da foz do Tarumã. Já os pontos mais distantes da área urbana têm qualidade de água melhor, são eles os pontos da nascente do córrego Tarumã e os pontos do Cumandaí”, explicou a doutoranda.
Caso a população venha a ingerir água imprópria para consumo, pode contrair doenças, como a diarréia. Outros riscos de doenças podem vir da alimentação de peixes que estão contaminados ou mesmo ao tomar banho nos riachos.
“Se os rios continuarem a ser degradados, o principal problema que pode acontecer é a perda da diversidade que existem ali - peixes, algas, crustáceos e outros seres que dependem do corpo hídrico para sobreviver”, disseram as acadêmicas.
Outra etapa do projeto consiste em analisar como são utilizados os solos nas áreas em estudo, para realizar a quantificação de espaços que abrigam: agropecuária, áreas urbanas, áreas úmidas naturais e os fragmentos florestais nativos.
“Este trabalho pode ser diretamente aplicado à qualidade de vida da população envolvida após a conclusão. A escolha pela área em Naviraí é por conta de projetos que já temos na região e que permitiam o financiamento”, ressaltou o orientador, professor Yzel Súarez.
Os resultados do estudo serão apresentados para a administração municipal, junto com estratégias eficientes para conservação e, se necessário, para a recuperação do rio.
     

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