Indígenas realizam enfrentamentos na defesa dos direitos ameaçados pelos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário
Por Tereza Amaral
Há pouco mais de seis horas cerca de 40 indígenas Kaingang, do Rio Grande do Sul, bloquearam a rua em frente ao Palácio do Planalto, em Brasília. O protesto de quase uma hora foi para exigir resposta a um pedido de audiência feito há dois meses. Na pauta, reivindicar junto ao governo federal aceleração na demarcação de terras indígenas naquele estado.
Durante toda a semana passada, povos das etnias Guarani-Kaiowá, Guarani-Ñandeva,Terena e Kinikinau do Mato Grosso do Sul estiveram na Câmara Federal, no Supremo Trinunal Federal(STF), onde realizaram mais uma vigília para protestar contra recentes decisões da 2ª Turma que anulou portarias declaratórias e um decreto de homologação de três terras indígenas. Dilma não os recebeu e o que ocorreu foi uma conversa inútil com o ministro Eduardo Cardozo que defendeu "Mesas de Diálogos", ou seja, adiar o que a Constituição Federal estabelece e com prazo desrespeitado e já ultrapassado.
No STF, Guardião da CF, a Suprema Corte insiste no equivocado Marco Temporal, rasgando a Carta Magna. Mas os povos originários já não aceitam mais tanta orquestração dos três Poderes que parecem aprisionados aos declarados inimigos - os ruralistas - que, como um câncer em metástase, está nas duas Casas do povo, no ministério da Agricultura com Katia Abreu e em ministros como Gilmar Mendes.
Demarcação e Bloqueio
No protesto de hoje os Kaingang dançaram e entoaram gritos de guerra entre o Planalto e a Praça dos Três Poderes. “Nossa ideia é fazer com que eles recebam o povo indígena pelas demandas que eles têm hoje, a demarcação e identificação das terras no Rio Grande do Sul. O povo brasileiro tem que saber que nós não queremos todo o Brasil. Nós queremos a sobrevivência do povo Kaigang lá no território”, disse o indígena Luiz Salvador para reportagem da Agência Brasil.
Imagem _ EBC |
No STF, Guardião da CF, a Suprema Corte insiste no equivocado Marco Temporal, rasgando a Carta Magna. Mas os povos originários já não aceitam mais tanta orquestração dos três Poderes que parecem aprisionados aos declarados inimigos - os ruralistas - que, como um câncer em metástase, está nas duas Casas do povo, no ministério da Agricultura com Katia Abreu e em ministros como Gilmar Mendes.
Demarcação e Bloqueio
No protesto de hoje os Kaingang dançaram e entoaram gritos de guerra entre o Planalto e a Praça dos Três Poderes. “Nossa ideia é fazer com que eles recebam o povo indígena pelas demandas que eles têm hoje, a demarcação e identificação das terras no Rio Grande do Sul. O povo brasileiro tem que saber que nós não queremos todo o Brasil. Nós queremos a sobrevivência do povo Kaigang lá no território”, disse o indígena Luiz Salvador para reportagem da Agência Brasil.
Guerreiras Tuíra Kayapó (D) e Valdelice Veron Guarani- Kaiowá na Mobilização Nacional, em Abril _ Natanael Caceres |
Um acordo foi fechado para que o ministro Miguel Rossetto receba as lideranças amanhã à tarde com mais dois ministros que serão convidados. Veja matéria e leia AQUI. Mais uma vez a presidenta Dilma se esquiva da responsabilidade e, acima de tudo, coragem em receber os verdadeiros donos desta terra. Ao que tudo indica, a capital federal que começou 2015 com a Mobilização Nacional, durante todo o ano se transformará em uma oca pela dignidade indígena. E o mundo vai acompanhar, em tempo real, e mais: tomara que bloqueios venham como resposta, inclusive na pauta de exportação. Tomara. Países estão incomodados com a política genocida de Dilma, assim como entidades internacionais de Direitos Humanos.
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